quarta-feira, 9 de março de 2011

Na cidade

Olhos fixos ao mundo que me contorna
boca fechada para perguntas sem respostas
Meu nariz em linha reta de um novo arranha - céu
que surgiu feito um monstro vindo do papel
o espaço sendo perdido e a natureza rejeitada


Homens com suas pastas e gravatas andando pra lá e prá cá
sonhos desperdiçados pelo garoto no farol a ganhar
algumas moedas pro seu bolso a mendigar
Entre desilusões e fracassos mais um dia a chegar
para o inferno do nosso cotidiano querendo o pesadelo acabar


Sons, palavras, visões e lamentações a chorar
são peças essenciais pro monótono povo guiar
Pela estrada sombria pro abismo chegar
e o suicídio coletivo sendo o fim da esperança
para os sonhadores que só souberam sonhar


Olhos fixos ao concreto que me contorna
boca fechada a mesma pergunta sem resposta
Meu nariz em linha reta de um demônio a me vigiar
que surgiu vindo de um outdoor de uma empresa estrangeira
o espaço sendo perdido pelo consumismo sem fronteira


Junior Core


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