segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Prisma

Atravesso viadutos e contínuo mudo
ruídos que atravessam os meus ouvidos
Seres humanos com seu olhar perdido

O farol se fecha para poder atravessar
mas ando devagar e continuo sem falar
sem medo do carro me atropelar

Ruas repletas de lixo
o acúmulo e o desperdício 
Ratos esfomeados se divertindo 

O sol queima a minha carne
sem amor e sem maldade
Aqui se perde a vaidade 

Concreto e cimento 
paredes que cobrem 
a dor e o sofrimento

Triste és tu 
de não perceber
O que se pode ter

Céu e nuvem
olhar direcionado
sempre atrasado 

Rente ao poste
ando sem sorte

Junior Core