Sonhar, sonhei
Desejar, desejei
Pro meu próprio egoísmo escondido
do desejo do meu eu
te vi partindo
Beijar, beijei
Falar, falei
Pra tua vida que já não fazia parte
pro teu eu já não tinha eu
sonho acabado
Amar, amei
Chorar, chorei
Do caminho que se perdeu
do sorriso que se escondeu
Adeus, adeus
Junior Core
domingo, 12 de dezembro de 2010
Anoiteceu em São Paulo
Então cai a noite na cidade deslumbrante
entre o mar de luzes e o colorido exuberante
dos meus olhos que navegam entre mil pensamentos
tendo uma garrafa de vinho sendo meu companheiro
Da imensidão de gente apressada com seu atraso
ocupados demais para prestar atenção
na selva de pedra que vai crescendo loucamente
na busca do dinheiro que vai matando o seu tempo
Ó minha São Paulo querida, meu majestoso manicômio
entre a miscigenação avassaladora e sonhadora
está sempre de braços abertos e sempre acolhedora
pra nossa máquina mortifera e muitas vezes destruidora
Entre um milhão de passos e centenas de casos
pra teu conforto misterioso ou duvidoso
do barulho ensurdecedor e cabuloso
Ó minha São Paulo infinita, cheia de pose e malícia
entre os arranha - céus e os suicidas
é testemunha de uma vida sofrida
Agora me perco dentre a multidão sonhadora
no caos do trânsito e no barulho da buzina
para muitos seria o fim da linha e para outros o começo da vida
Junior Core
entre o mar de luzes e o colorido exuberante
dos meus olhos que navegam entre mil pensamentos
tendo uma garrafa de vinho sendo meu companheiro
Da imensidão de gente apressada com seu atraso
ocupados demais para prestar atenção
na selva de pedra que vai crescendo loucamente
na busca do dinheiro que vai matando o seu tempo
Ó minha São Paulo querida, meu majestoso manicômio
entre a miscigenação avassaladora e sonhadora
está sempre de braços abertos e sempre acolhedora
pra nossa máquina mortifera e muitas vezes destruidora
Entre um milhão de passos e centenas de casos
pra teu conforto misterioso ou duvidoso
do barulho ensurdecedor e cabuloso
Ó minha São Paulo infinita, cheia de pose e malícia
entre os arranha - céus e os suicidas
é testemunha de uma vida sofrida
Agora me perco dentre a multidão sonhadora
no caos do trânsito e no barulho da buzina
para muitos seria o fim da linha e para outros o começo da vida
Junior Core
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Carnal
Desejei ela por assim dizer
com vontade e intensidade
se tratava de desejo indecente
Pecado consumado era o que queríamos
como em Sodoma e Gomorra
blasfêmia e tentação
O inferno era o nosso próprio corpo
e no nosso corpo que fervia
não havia lugar pra deuses e anjos
Apenas satisfação e vontade
gosto humano e selvagem
Entre o delírio e o suor
do nosso corpo despido
que se conhecia loucamente
E não tinha nada a ver com amor
muito menos com paixão
Se tratava de fornicação sexual
Se tratava de intensidade carnal
Junior Core
com vontade e intensidade
se tratava de desejo indecente
Pecado consumado era o que queríamos
como em Sodoma e Gomorra
blasfêmia e tentação
O inferno era o nosso próprio corpo
e no nosso corpo que fervia
não havia lugar pra deuses e anjos
Apenas satisfação e vontade
gosto humano e selvagem
Entre o delírio e o suor
do nosso corpo despido
que se conhecia loucamente
E não tinha nada a ver com amor
muito menos com paixão
Se tratava de fornicação sexual
Se tratava de intensidade carnal
Junior Core
Paralelas
Então falei por falar
e ela estava lá
preparada pra me atacar
tudo soava naturalmente
Então nos olhamos
dois corpos opostos
textura com textura
pele com pele
O ambiente se fechava
enquanto ela me olhava
parecia que o mundo parava
Então segui meu caminho
ela seguiu seu caminho
era tudo muito estranho...
Junior Core
e ela estava lá
preparada pra me atacar
tudo soava naturalmente
Então nos olhamos
dois corpos opostos
textura com textura
pele com pele
O ambiente se fechava
enquanto ela me olhava
parecia que o mundo parava
Então segui meu caminho
ela seguiu seu caminho
era tudo muito estranho...
Junior Core
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Alea jacta est
Então o domínio se perdeu completamente
de tal forma que pensei estar louco
E toda realidade deixou de existir
em um momento de puro alvoroço
Da sátira da existência humana implacável
me vi dentro desse suposto jogo
Do povo sádico que não parava de aplaudir
vi sangue jorrando do ouvido, garganta e nariz
Então será que tudo se resume a isso ?
Por um momento eu me vi perguntando
Então é essa a diversão desse povo ?
A resposta pra todo esse sufoco
Então como diria Júlio César:
¨A sorte está lançada¨
Junior Core
de tal forma que pensei estar louco
E toda realidade deixou de existir
em um momento de puro alvoroço
Da sátira da existência humana implacável
me vi dentro desse suposto jogo
Do povo sádico que não parava de aplaudir
vi sangue jorrando do ouvido, garganta e nariz
Então será que tudo se resume a isso ?
Por um momento eu me vi perguntando
Então é essa a diversão desse povo ?
A resposta pra todo esse sufoco
Então como diria Júlio César:
¨A sorte está lançada¨
Junior Core
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Paraíso dos devassos
Então o desejo da carne foi consumado
e o nosso pecado foi colocado em questão
(apenas se tratava de dois corpos despidos)
Então a falsa moralidade foi o juiz
do nosso crime sem perdão
(apenas dois corpos buscando o prazer)
Então todo pudor de nada adiantou
pra nossa defesa sem objeção
(chegamos ao orgasmo, chegamos ao orgasmo...)
E tão voraz foi a nossa sentença
pro fim de toda tola inocência
(eu quero de novo, eu quero de novo...)
Então fomos chamados de infames
Então fomos chamados de malditos
(eu quero de novo, eu quero de novo...)
Então eu gozei, ela gozou
Então eu gostei, ela gostou
(eu quero de novo, eu quero de novo...)
Junior Core
e o nosso pecado foi colocado em questão
(apenas se tratava de dois corpos despidos)
Então a falsa moralidade foi o juiz
do nosso crime sem perdão
(apenas dois corpos buscando o prazer)
Então todo pudor de nada adiantou
pra nossa defesa sem objeção
(chegamos ao orgasmo, chegamos ao orgasmo...)
E tão voraz foi a nossa sentença
pro fim de toda tola inocência
(eu quero de novo, eu quero de novo...)
Então fomos chamados de infames
Então fomos chamados de malditos
(eu quero de novo, eu quero de novo...)
Então eu gozei, ela gozou
Então eu gostei, ela gostou
(eu quero de novo, eu quero de novo...)
Junior Core
Marginal
O poeta marginal caminhava entre o inferno
esnobando e rindo do diabo
O poeta marginal caminhava entre o paraíso
querendo ver a cor da calcinha da santinha
O poeta marginal caminhava entre os hospícios
querendo roubar a camisa de força do enfermo
O poeta marginal caminhava entre ruas fétidas
querendo obter inspiração entre os maltrapilhos
Junior Core
esnobando e rindo do diabo
O poeta marginal caminhava entre o paraíso
querendo ver a cor da calcinha da santinha
O poeta marginal caminhava entre os hospícios
querendo roubar a camisa de força do enfermo
O poeta marginal caminhava entre ruas fétidas
querendo obter inspiração entre os maltrapilhos
Junior Core
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Majestoso manicômio
Eis-me aqui de peito aberto
mas não de livre e espontânea vontade
dentro deste quatro por quatro
esperando pra ser novamente dopado
Mas aqui dentro eu sinto vida
eu vejo a mais nobre sinceridade
Aqui dentro somos deuses e herois
eu convivo com a utopia da verdade
Nesta nova familia somos todos iguais
estamos todos no mesmo barco
Entre nós não existe o desprezo
nem sentimentos de inveja e nem asco
Aqui fugimos da tortuosa realidade
da inescrupulosa maldade
Aqui ninguém brinca com nossos sentimentos
entre nós existe o mais nobre dos desejos
Lá fora o mundo anda muito desumano
o homem caminhando pra sua própria cova
Lá fora existe algo de errado...
Atrás deste muro existe um inferno
um inferno cujo o homem é o próprio diabo
Atrás deste muro eu não consigo mais estar...
Agora aqui estou eu nesta nova página da vida
culpado pelo próprio sistema que me colocou aqui
Agora aqui estou eu sendo medicado
Agora entendo o que faz um homem enlouquecer
nessa guerra lá fora que me fez perder
Agora entendo o que faz um homem desistir
Majestosa insanidade, majestosa verdade
do lírico que se fez este ambiente
Majestoso encanto, majestoso manicômio
do ser inquieto que se fez em prantos
Junior Core
mas não de livre e espontânea vontade
dentro deste quatro por quatro
esperando pra ser novamente dopado
Mas aqui dentro eu sinto vida
eu vejo a mais nobre sinceridade
Aqui dentro somos deuses e herois
eu convivo com a utopia da verdade
Nesta nova familia somos todos iguais
estamos todos no mesmo barco
Entre nós não existe o desprezo
nem sentimentos de inveja e nem asco
Aqui fugimos da tortuosa realidade
da inescrupulosa maldade
Aqui ninguém brinca com nossos sentimentos
entre nós existe o mais nobre dos desejos
Lá fora o mundo anda muito desumano
o homem caminhando pra sua própria cova
Lá fora existe algo de errado...
Atrás deste muro existe um inferno
um inferno cujo o homem é o próprio diabo
Atrás deste muro eu não consigo mais estar...
Agora aqui estou eu nesta nova página da vida
culpado pelo próprio sistema que me colocou aqui
Agora aqui estou eu sendo medicado
Agora entendo o que faz um homem enlouquecer
nessa guerra lá fora que me fez perder
Agora entendo o que faz um homem desistir
Majestosa insanidade, majestosa verdade
do lírico que se fez este ambiente
Majestoso encanto, majestoso manicômio
do ser inquieto que se fez em prantos
Junior Core
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Suplicar dos malditos
Pedi veementemente toda tua compaixão
e me destes tua ironia escancarada
Pedi com ar de solidão
e pra teu coração nada chegava
Supliquei o mais sincero que podia
mas seu gélido sentimento desfazia
Supliquei com ar de esperança
pra tua frágil desconfiança
Agonizei em prantos de raiva
pra tua mórbida gargalhada
Agonizei sem chance de nada
pra tua boca sem fala
Junior Core
e me destes tua ironia escancarada
Pedi com ar de solidão
e pra teu coração nada chegava
Supliquei o mais sincero que podia
mas seu gélido sentimento desfazia
Supliquei com ar de esperança
pra tua frágil desconfiança
Agonizei em prantos de raiva
pra tua mórbida gargalhada
Agonizei sem chance de nada
pra tua boca sem fala
Junior Core
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Apenas por dignidade
Então nos vimos em um ato de desrespeito mútuo
entre nós mesmos não existe o bom senso,
ou nosso bom senso foi camuflado pelos donos do papel ?
Nossas vidas são resumidas e limitadas
ao exílio da nossa própria autoestima,
ou sobreviver das migalhas do estado
está de bom tamanho pra quem não tem nada,
pra quem já não sonha e vive o próprio pesadelo ?
Então o homem que se limita a usar
apenas 10% da sua cabeça animal,
se acha e sempre se achará inferior
e prefere deixar tudo como está,
tudo na mão daquele que ele acha capaz,
daquele que um dia chamou de ¨esperança¨
Mal sabe ele que tudo isso não passa de um jogo,
jogo no qual o vencedor é sempre o mesmo
e o perdedor sempre estará pronto para perder,
pronto para servir de bandeja o seu inimigo
Mal sabe ele que o imperialismo é um tigre de papel
Mal sabe ele que tem como reverter este placar
Mas pra quem pensa assim é dado o nome de subversivo,
foi dado esse nome pelo próprio sistema,
sistema esse que um dia pedio seu voto,
que um dia implorou sua ajuda
Pois ter uma massa alienada sempre foi seu objetivo,
ter uma sociedade sem opinião é a sua maior conquista
Então cabe a nós ser contestador, ser do contra
ter total conhecimento sobre o que está acontecendo,
pois o conhecimento é a arma mais poderosa que temos
E quando bem usada se torna uma arma mortal
que causará muita dor de cabeça para o estado,
muita dor de cabeça para quem devemos ver como inimigos
Junior Core
entre nós mesmos não existe o bom senso,
ou nosso bom senso foi camuflado pelos donos do papel ?
Nossas vidas são resumidas e limitadas
ao exílio da nossa própria autoestima,
ou sobreviver das migalhas do estado
está de bom tamanho pra quem não tem nada,
pra quem já não sonha e vive o próprio pesadelo ?
Então o homem que se limita a usar
apenas 10% da sua cabeça animal,
se acha e sempre se achará inferior
e prefere deixar tudo como está,
tudo na mão daquele que ele acha capaz,
daquele que um dia chamou de ¨esperança¨
Mal sabe ele que tudo isso não passa de um jogo,
jogo no qual o vencedor é sempre o mesmo
e o perdedor sempre estará pronto para perder,
pronto para servir de bandeja o seu inimigo
Mal sabe ele que o imperialismo é um tigre de papel
Mal sabe ele que tem como reverter este placar
Mas pra quem pensa assim é dado o nome de subversivo,
foi dado esse nome pelo próprio sistema,
sistema esse que um dia pedio seu voto,
que um dia implorou sua ajuda
Pois ter uma massa alienada sempre foi seu objetivo,
ter uma sociedade sem opinião é a sua maior conquista
Então cabe a nós ser contestador, ser do contra
ter total conhecimento sobre o que está acontecendo,
pois o conhecimento é a arma mais poderosa que temos
E quando bem usada se torna uma arma mortal
que causará muita dor de cabeça para o estado,
muita dor de cabeça para quem devemos ver como inimigos
Junior Core
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Cântico do suicida
Só mais uma chance...
Estou aqui perdido sem teu conforto
e o espelho quebrado refletindo meu rosto
Em um tremendo vazio desonroso
para um ser aflito em puro desgosto
- Mas quem é o culpado ?
Sem cúmplice e sem defesa
para um olhar de tristeza
Sem otimismo e sem queixa
para uma vida sem proeza
- E no final tudo acaba assim ?
Mas pra que quer saber
se na hora mais importante
não desse uma palavra confiante
para um moribundo agonizante
- Então você pede mais uma chance ?
Só mais uma chance...
... ou aperto o gatilho neste instante ?
Junior Core
Estou aqui perdido sem teu conforto
e o espelho quebrado refletindo meu rosto
Em um tremendo vazio desonroso
para um ser aflito em puro desgosto
- Mas quem é o culpado ?
Sem cúmplice e sem defesa
para um olhar de tristeza
Sem otimismo e sem queixa
para uma vida sem proeza
- E no final tudo acaba assim ?
Mas pra que quer saber
se na hora mais importante
não desse uma palavra confiante
para um moribundo agonizante
- Então você pede mais uma chance ?
Só mais uma chance...
... ou aperto o gatilho neste instante ?
Junior Core
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Degradação humana
Todavia a mentira se torna verdade
e quando bem contada
dois mais dois é igual a cinco
e seres humanos caminhando pro abismo
Na mesmice do velho cotidiano
indicando a velha relação espaço - temporal
Entre transeuntes desqualificados
também chamados de desvalidos
O destaque das noticias entre as massas
já não há novidade pra nada
Para o desconsolo do miserável
sempre haverá o resto da migalha
Por aqui ou por lá
sempre resta esperar
Pela indecência governamental
ou com a esmola ficar
Caminhando entre um lado e outro
sem ter um pódio pra chegar
Sobrevivendo com um ou outro
nessa guerra que nunca vai acabar
Tanta ambição e ganância
já não se tem o que ganhar
Tanta vontade e carência
já não tem força nem pra chorar
Junior Core
e quando bem contada
dois mais dois é igual a cinco
e seres humanos caminhando pro abismo
Na mesmice do velho cotidiano
indicando a velha relação espaço - temporal
Entre transeuntes desqualificados
também chamados de desvalidos
O destaque das noticias entre as massas
já não há novidade pra nada
Para o desconsolo do miserável
sempre haverá o resto da migalha
Por aqui ou por lá
sempre resta esperar
Pela indecência governamental
ou com a esmola ficar
Caminhando entre um lado e outro
sem ter um pódio pra chegar
Sobrevivendo com um ou outro
nessa guerra que nunca vai acabar
Tanta ambição e ganância
já não se tem o que ganhar
Tanta vontade e carência
já não tem força nem pra chorar
Junior Core
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Sangria
Entre teu corpo violado
tua voz trêmula
unhas que cravavam minhas costas
e todo aquele suor derramado
Sobre teu corpo desejado
loucamente penetrado
o vai e vem do teu abraço
entre suspiros e afagos
As paredes testemunhavam
nosso insano prazer
em ritmos frenéticos
o nosso corpo querer
A carne passou a ser a própria navalha
a razão passou a ser uma interrogação
mas nessa hora já nada importa
pra nossa vontade que nos devora
Junior Core
tua voz trêmula
unhas que cravavam minhas costas
e todo aquele suor derramado
Sobre teu corpo desejado
loucamente penetrado
o vai e vem do teu abraço
entre suspiros e afagos
As paredes testemunhavam
nosso insano prazer
em ritmos frenéticos
o nosso corpo querer
A carne passou a ser a própria navalha
a razão passou a ser uma interrogação
mas nessa hora já nada importa
pra nossa vontade que nos devora
Junior Core
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Flores mortas aos rebeldes que se foram
Toda luta contida nesse barco à deriva
foi mais uma guerra vivida
Toda revolta armada com sangue e glória
se fez a história
Nesse mesmo louco entusiasmo
juntando mil pedaços
Nessa mesma eufórica utopia
se fez a nossa vida
Sempre à margem da verdade
e nunca da vaidade
Sempre por uma causa
sem tempo pra pausa
Gloriosa ideologia marcada
para o herói sem farda
Gloriosa militância fraudada
para o conteúdo sem nada
Esquecidos pelo perverso tempo
sem ter direito a um monumento
Esquecidos pela memória ultrapassada
já não se resta mais nada
Para os pensamentos e escritos
já não são mais lidos
Para os eternos heróis esquecidos
já não há perigo
Junior Core
foi mais uma guerra vivida
Toda revolta armada com sangue e glória
se fez a história
Nesse mesmo louco entusiasmo
juntando mil pedaços
Nessa mesma eufórica utopia
se fez a nossa vida
Sempre à margem da verdade
e nunca da vaidade
Sempre por uma causa
sem tempo pra pausa
Gloriosa ideologia marcada
para o herói sem farda
Gloriosa militância fraudada
para o conteúdo sem nada
Esquecidos pelo perverso tempo
sem ter direito a um monumento
Esquecidos pela memória ultrapassada
já não se resta mais nada
Para os pensamentos e escritos
já não são mais lidos
Para os eternos heróis esquecidos
já não há perigo
Junior Core
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Assim como um todo
Vivemos em uma sociedade hipócrita
onde homens e mulheres caminham lado a lado
pisando na merda pra se perfumar
e cuspindo contra o vento pra se refrescar
Oh Deus, todo poderoso e impiedoso
que me trouxe a esse mundo imundo
pra ser obrigado a conviver com esse lixo humano
Obrigado por nada!
Junior Core
onde homens e mulheres caminham lado a lado
pisando na merda pra se perfumar
e cuspindo contra o vento pra se refrescar
Oh Deus, todo poderoso e impiedoso
que me trouxe a esse mundo imundo
pra ser obrigado a conviver com esse lixo humano
Obrigado por nada!
Junior Core
O sol pode esperar
Deitado na cama, sem saber que horas são
acuado entre paredes que me vigiam
Sentindo por um instante que todos se foram
está é a razão pelo que todos acreditam
Sentindo que tudo lá fora está morto
tão morto quanto a porta do meu quarto
tão sombrio quanto as cortinas encardidas
talvez esse seria meu conforto
Eu via o teto com um olhar suplicante
como se pedisse por clemencia
como se pedisse por perdão
e aquilo era totalmente maçante
O mundo lá fora caminhava
homens e mulheres gladiavam
com muito ódio se olhavam
enquanto no meu quarto eu pensava
Havia todo um jogo esquematizado
cartas marcadas se encontravam
haviam assim proclamado
E o mofo na parede refletia
a máteria se decompondo
e minha mente em plena afasia
O sol lá fora brilhava
crianças felizes brincavam
e eu no meu quarto sonhava
Junior Core
acuado entre paredes que me vigiam
Sentindo por um instante que todos se foram
está é a razão pelo que todos acreditam
Sentindo que tudo lá fora está morto
tão morto quanto a porta do meu quarto
tão sombrio quanto as cortinas encardidas
talvez esse seria meu conforto
Eu via o teto com um olhar suplicante
como se pedisse por clemencia
como se pedisse por perdão
e aquilo era totalmente maçante
O mundo lá fora caminhava
homens e mulheres gladiavam
com muito ódio se olhavam
enquanto no meu quarto eu pensava
Havia todo um jogo esquematizado
cartas marcadas se encontravam
haviam assim proclamado
E o mofo na parede refletia
a máteria se decompondo
e minha mente em plena afasia
O sol lá fora brilhava
crianças felizes brincavam
e eu no meu quarto sonhava
Junior Core
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Solitude
Foi dado a mim o presente
sem ter o que fazer e indecente
meus olhos correndo pelas paredes
sob a luz forte e incandecente
Foi dado à mim o agora
sem emoção e afora
entre o espaço e a hora
subentendido a demora
Foi dado à mim a paciência
entre a razão e a demência
com forte grito e desistência
sem ter a cura pra doença
Foi dado à mim toda tristeza
por toda inércia e fraqueza
sem prévia e antecedência
pela minha alma à pobreza
Junior Core
sem ter o que fazer e indecente
meus olhos correndo pelas paredes
sob a luz forte e incandecente
Foi dado à mim o agora
sem emoção e afora
entre o espaço e a hora
subentendido a demora
Foi dado à mim a paciência
entre a razão e a demência
com forte grito e desistência
sem ter a cura pra doença
Foi dado à mim toda tristeza
por toda inércia e fraqueza
sem prévia e antecedência
pela minha alma à pobreza
Junior Core
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Prozac
Quanta falta você me faz...
Dentre as belas noites de sono
onde meu corpo cansado e abatido
minuciosamente ferido
encontrei a paz pra dormir
Dentre toda tristeza contida
em meu coração à deriva
insuportávelmente perdido
com você foi entendido
Dentre a ansiedade avassaladora
emocionalmente destruidora
em teus braços pude ter
a tua mão acolhedora
Dentre doze e doze horas
no tempo e a demora
pude assim perceber
que sem você não consigo viver
Junior Core
Dentre as belas noites de sono
onde meu corpo cansado e abatido
minuciosamente ferido
encontrei a paz pra dormir
Dentre toda tristeza contida
em meu coração à deriva
insuportávelmente perdido
com você foi entendido
Dentre a ansiedade avassaladora
emocionalmente destruidora
em teus braços pude ter
a tua mão acolhedora
Dentre doze e doze horas
no tempo e a demora
pude assim perceber
que sem você não consigo viver
Junior Core
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Carta para um amigo
Lembra quando a gente achava
que mudaria o mundo ?
Caminhando sobre ruínas
entre estalo e poeira
Caminhando sob o sol
entre o inferno e a demência
Entre a busca e o desejo
nos restava o momento
Entre a angústia e a vontade
sobrava o lamento
Entre andarilhos e manicômios
o medo não existia
Entre o paraiso e o caos
a luta prosseguia
Sobrevivendo como queira
assim foi aprendido
Esperando pelo nada
assim foi entendido
Dentre a relva e o cimento
em quem confiar
Dentre a água e o combústivel
o corpo a recuar
Sempre avante a proclamar
a liberdade desejar
Sempre por uma causa
o sonho sem pausa
Sem eira nem beira
sem partido ou oposição
Sem queixa ou deixa
sem palavra e opinião
Mas lembra quando a gente achava
que mudaria o mundo ?
Junior Core
que mudaria o mundo ?
Caminhando sobre ruínas
entre estalo e poeira
Caminhando sob o sol
entre o inferno e a demência
Entre a busca e o desejo
nos restava o momento
Entre a angústia e a vontade
sobrava o lamento
Entre andarilhos e manicômios
o medo não existia
Entre o paraiso e o caos
a luta prosseguia
Sobrevivendo como queira
assim foi aprendido
Esperando pelo nada
assim foi entendido
Dentre a relva e o cimento
em quem confiar
Dentre a água e o combústivel
o corpo a recuar
Sempre avante a proclamar
a liberdade desejar
Sempre por uma causa
o sonho sem pausa
Sem eira nem beira
sem partido ou oposição
Sem queixa ou deixa
sem palavra e opinião
Mas lembra quando a gente achava
que mudaria o mundo ?
Junior Core
domingo, 26 de setembro de 2010
Pesadelo de Icaro
Foi me dado toda ousadia do mundo
mundo imundo e abstrato
Toda forma se fez coerente
coerentemente foi me dado
Com facilidade pude aprender
aprender o inexplicável
Inexplicávelmente pude ver
o inexistente aprendizado
Sem querer perdoar e sofrer
fui perdoando meu sofrimento
Com amor e gratidão
se fez o mais nobre sentimento
Sem asas me vi perdido
sem alma me vi caindo
Meu sonho desmoronando
me vi só no precipicio
Junior Core
.
mundo imundo e abstrato
Toda forma se fez coerente
coerentemente foi me dado
Com facilidade pude aprender
aprender o inexplicável
Inexplicávelmente pude ver
o inexistente aprendizado
Sem querer perdoar e sofrer
fui perdoando meu sofrimento
Com amor e gratidão
se fez o mais nobre sentimento
Sem asas me vi perdido
sem alma me vi caindo
Meu sonho desmoronando
me vi só no precipicio
Junior Core
.
sábado, 25 de setembro de 2010
(...)
Fui o mais sincero que pude ser
como homem
Fui o maior revolucionário que lutou
como ativista
Fui um desbravador autêntico
como poeta
Fui aplaudido pela multidão
como prodigio
Mas de repente tudo ficou cinza
o tempo
Mas de repente o mundo mudou
o homem
Já não havia sinceridade em quem eu conhecia
em volta
Já não havia a mesma ideologia
em mente
Então resolvi dar cabo do problema
meu corpo
Então resolvi apagar a luz do fim do túnel
meu fim
Junior Core
Dedicado ao poeta, escritor e compositor Torquato Neto
como homem
Fui o maior revolucionário que lutou
como ativista
Fui um desbravador autêntico
como poeta
Fui aplaudido pela multidão
como prodigio
Mas de repente tudo ficou cinza
o tempo
Mas de repente o mundo mudou
o homem
Já não havia sinceridade em quem eu conhecia
em volta
Já não havia a mesma ideologia
em mente
Então resolvi dar cabo do problema
meu corpo
Então resolvi apagar a luz do fim do túnel
meu fim
Junior Core
Dedicado ao poeta, escritor e compositor Torquato Neto
Redenção
Oportuno o momento em querer justificar
o meu pecado mais obscuro
que guardei por tanto tempo
trancado a sete chaves
Retirar a culpa da consciência
a plenos pulmões
deve ser uma tarefa árdua
ao covarde que se fez santo
Santificado seja a sua hipocrisia
e abençoado seja a sua encenação
vamos tomar a hóstia de ópio
e batizar a sua redenção
Junior Core
o meu pecado mais obscuro
que guardei por tanto tempo
trancado a sete chaves
Retirar a culpa da consciência
a plenos pulmões
deve ser uma tarefa árdua
ao covarde que se fez santo
Santificado seja a sua hipocrisia
e abençoado seja a sua encenação
vamos tomar a hóstia de ópio
e batizar a sua redenção
Junior Core
Insônia
Na escuridão se faz o mais belo romance
entre a fresta de luz que entra no quarto
me surge as diversas imaginações
Escuto o barulho do motor do carro
que desce pela infinita rua
em busca da infinita estrada
Imagino o que outras pessoas estão fazendo
enquanto a escuridão banha a madrugada
Sem meias palavras, apenas o silêncio paira
sobre o corpo cansado que relaxa
Quantos himens foram rompidos ?
Quantos corpos se perdiam em puro prazer ?
Quantas mentiras estão sendo ditas ?
Quantos casamentos estão sendo desfeitos ?
A noite é mesmo misteriosa
e o silêncio é mesmo eloquente
As mesmas estrelas que brilham sobre a madrugada
são testemunhas de crimes perfeitos
Junior Core
entre a fresta de luz que entra no quarto
me surge as diversas imaginações
Escuto o barulho do motor do carro
que desce pela infinita rua
em busca da infinita estrada
Imagino o que outras pessoas estão fazendo
enquanto a escuridão banha a madrugada
Sem meias palavras, apenas o silêncio paira
sobre o corpo cansado que relaxa
Quantos himens foram rompidos ?
Quantos corpos se perdiam em puro prazer ?
Quantas mentiras estão sendo ditas ?
Quantos casamentos estão sendo desfeitos ?
A noite é mesmo misteriosa
e o silêncio é mesmo eloquente
As mesmas estrelas que brilham sobre a madrugada
são testemunhas de crimes perfeitos
Junior Core
Sobre a vida
A vida que me diga
o que não me prometia
eu só aprendia...
De tudo que sobrou
as marcas da vida levou
De toda ingenuidade
me restou a saudade
No tempo esquecido pela tinta
ficou as cicatrizes da vida
No relógio que resolveu parar
nada pude mudar...
E o vento que soprava
sobre as folhas caidas
eu apenas ouvia:
- O cantar dos passáros
- O bocejar da moça
- E o motor do avião
Mas a vida que me diga
alias ela não me prometia
eu apenas observava
sobre a mão que segurava uma faca
Era o fim pra mim...
Junior Core
o que não me prometia
eu só aprendia...
De tudo que sobrou
as marcas da vida levou
De toda ingenuidade
me restou a saudade
No tempo esquecido pela tinta
ficou as cicatrizes da vida
No relógio que resolveu parar
nada pude mudar...
E o vento que soprava
sobre as folhas caidas
eu apenas ouvia:
- O cantar dos passáros
- O bocejar da moça
- E o motor do avião
Mas a vida que me diga
alias ela não me prometia
eu apenas observava
sobre a mão que segurava uma faca
Era o fim pra mim...
Junior Core
O Chacal
Menino forte de olhar voraz,
menino esguio de pele parda
Menino decidido como homem,
homem ingênuo como menino
Homem em busca da identidade,
homem feito um adolescente
Homem lúdico a brincar,
e menino querendo o castigar
Menino homem agora é um só,
menino homem pensa melhor
Menino homem agora quer uma chance,
menino homem agora se viu só
Menino homem agora quer carne,
menino homem quer derramar sangue
Menino homem está pronto pra guerra,
Mas o mundo não está preparado para o menino homem
Junior Core
.
menino esguio de pele parda
Menino decidido como homem,
homem ingênuo como menino
Homem em busca da identidade,
homem feito um adolescente
Homem lúdico a brincar,
e menino querendo o castigar
Menino homem agora é um só,
menino homem pensa melhor
Menino homem agora quer uma chance,
menino homem agora se viu só
Menino homem agora quer carne,
menino homem quer derramar sangue
Menino homem está pronto pra guerra,
Mas o mundo não está preparado para o menino homem
Junior Core
.
Alma morta
Do escuro talvez
do escuro interno
posso sentir a rejeição
posso sentir a rejeição
a rejeição do mundo contudo
Do inferno talvez
do inferno interno
cabe o calor do meu sangue
calor que aquece a continuidade de mais um dia
cabe o calor do meu sangue
calor que aquece a continuidade de mais um dia
Do medo talvez
do medo do pensamento
que atrai a ânsia do querer
a ânsia do que nem sei se existe
que atrai a ânsia do querer
a ânsia do que nem sei se existe
A angústia talvez
a angústia do que vejo
em pleno monumento
monumento concreto ao que vejo
em pleno monumento
monumento concreto ao que vejo
Da culpa talvez
da culpa do que deixei
escapar quando tive a chance
escapar quando tive a chance
escapar quando tive em mãos
Do egoísmo talvez
egoísmo que cegou
meus olhos lúdicos
que continuou lúdico por um bom tempo
meus olhos lúdicos
que continuou lúdico por um bom tempo
Da mentira talvez
mentira que aceitei
como verdade verdadeira
como verdade verdadeira
como verdade e ficção
Da alma talvez,
da morte talvez...
Alma, morte
morte, alma...
Talvez, talvez...
Junior Core
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