terça-feira, 12 de outubro de 2010

O sol pode esperar

Deitado na cama, sem saber que horas são
acuado entre paredes que me vigiam
Sentindo por um instante que todos se foram
está é a razão pelo que todos acreditam


Sentindo que tudo lá fora está morto
tão morto quanto a porta do meu quarto
tão sombrio quanto as cortinas encardidas
talvez esse seria meu conforto


Eu via o teto com um olhar suplicante
como se pedisse por clemencia
como se pedisse por perdão
e aquilo era totalmente maçante


O mundo lá fora caminhava
homens e mulheres gladiavam
com muito ódio se olhavam
enquanto no meu quarto eu pensava


Havia todo um jogo esquematizado
cartas marcadas se encontravam
haviam assim proclamado


E o mofo na parede refletia
a máteria se decompondo
e minha mente em plena afasia


O sol lá fora brilhava
crianças felizes brincavam
e eu no meu quarto sonhava


Junior Core


2 comentários:

  1. Parabéns pelos versos Junior; muito bem escritos, sinceros, concretos!

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  2. Valew Alice, e olha q eu nem tinha terminado esse poema quando vc postou o comentário. Obrigado!

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