domingo, 12 de dezembro de 2010

Amar, amei

Sonhar, sonhei
Desejar, desejei


Pro meu próprio egoísmo escondido
do desejo do meu eu
te vi partindo


Beijar, beijei
Falar, falei


Pra tua vida que já não fazia parte
pro teu eu já não tinha eu
sonho acabado


Amar, amei
Chorar, chorei


Do caminho que se perdeu
do sorriso que se escondeu
Adeus, adeus


Junior Core


Anoiteceu em São Paulo

Então cai a noite na cidade deslumbrante
entre o mar de luzes e o colorido exuberante
dos meus olhos que navegam entre mil pensamentos
tendo uma garrafa de vinho sendo meu companheiro


Da imensidão de gente apressada com seu atraso
ocupados demais para prestar atenção
na selva de pedra que vai crescendo loucamente
na busca do dinheiro que vai matando o seu tempo


Ó minha São Paulo querida, meu majestoso manicômio
entre a miscigenação avassaladora e sonhadora
está sempre de braços abertos e sempre acolhedora
pra nossa máquina mortifera e muitas vezes destruidora


Entre um milhão de passos e centenas de casos
pra teu conforto misterioso ou duvidoso
do barulho ensurdecedor e cabuloso


Ó minha São Paulo infinita, cheia de pose e malícia
entre os arranha - céus e os suicidas
é testemunha de uma vida sofrida


Agora me perco dentre a multidão sonhadora
no caos do trânsito e no barulho da buzina
para muitos seria o fim da linha e para outros o começo da vida


Junior Core